CERTIDÃO
DE NASCIMENTO COM FOTO ATUAL
Lúcio Albuquerque
Quando o Alto Madeira funcionava num prédio da Rua Barão do Rio Branco, era comum até 8 ou 9 da noite formar uma roda num banco bem em frente ao jornal e se ficar papeando, sobre os fatos do dia, o que poderia ser pauta do dia seguinte e, principalmente, estórias e histórias antigas.
Esron Menezes, Ciro Pinheiro, Euro Tourinho, Walmi Daves de Moraes, Simeão Tavernard, Manoel Miguel, João Tavares, Zé Paca (até hoje não sei o nome certo) eram contumazes participantes.
Eram comuns as estórias e histórias de eleições, de autoridades, de causos e casos. E eu anotava mentalmente para depois guardar.
Numa noite o Zé Paca contou a história de um delegado-geral, trazido de outro centro para a função (*) aí pela década de 1950, que resolveu impor respeito com ordens pelo menos meio absurdas como:
O delegado resolveu cobrar que todas as pessoas andassem portando documento de identificação, até aí tudo bem até porque é até obrigação.
Mas o problema é que o delegado exigia que as pessoas andassem com a Certidão de Nascimento e que seria o único documento válido para batidas policiais, nas rondas dos bate-pau - como era chamada a patrulha policial que circulava pelas ruas.
Mas havia um porém: Mas a certidão deveria obedecer uma exigência
importante: o documento tinha de ter uma foto 3x4, atualizada.
(*) O governador era indicado pelo deputado federal - na realidade imposto pelo governo federal e trazia quem ele queria para as funções administrativas, e quando ia embora os assessores também iam gerando uma inconstância administrativa. No governo Humberto Guedes (1975/79) esse quadro mudou.
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