segunda-feira, 7 de abril de 2014

COISAS QUE ACONTECEM COM A GENTE



INTERNET À MODA TELEGRAMA
Lúcio Albuquerque
O Dado, o outro avô das minhas netas Letícia, Luíza e Laís, guajaramirense e com muitas histórias para contar, literalmente abriu a caixa de ferramentas e contou o que pode representar que a internet, pela velocidade encontrada nos seus relatos, pode ter chegado por aqui muito antes de seu aparecimento nas terras de Rondon.
Era o caso da rapidez da entrega de alguns telegramas enviados de Porto Velho a Guajará-Mirim, e vice-versa. Dado conta que algumas dessas mensagens, quando não se tratavam de fatos corriqueiros (viagens, falecimentos ou notícias oficiais), faziam o percurso emissor/receptor bem rápido.
Se no final da mensagem estivesse inserida a frase gratificar o portador nem ia para os registros dos estafetas. Os próprios telegrafistas se incumbiam de fazer chegar mais rápido ao destinatário. A resposta ainda vinha logo se o que enviava inserisse ao fim do texto outra mensagem:responder na mesma via.
Dado  conta que isso era comum e cita, para exemplificar, quando estava representando uma importante empresa compradora de borracha e intermediou a compra de um prédio, mandando uma mensagem a Guajará. 
Negócio fechado. Mande ........ que a venda está definida. Gratificar o portador e responder na mesma via.
Ele passou a mensagem e saiu andando do prédio dos Correios para o escritório onde trabalhava, duas quadras adiante. Mal havia chegado e o telegrafista já chegou, com a resposta e, claro, ao final, a mensagem gratificar o portador.

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